sexta-feira, 10 de outubro de 2014

MEDIDAS IMPOPULARES

Aécio Neves anunciou que se, for eleito, tomará medidas impopulares, segundo ele necessárias ao bom andamento da economia. Fica claro que para o Aécio Neves é a população que deve estar em função da economia, e não a economia em função da população. 
O tucano, num encontro com setores da alta sociedade, disse:

"Eu conversava com o Armínio Fraga e ele me perguntou: 'Mas é para [num eventual governo] fazer tudo o que precisa ser feito? No primeiro ano?'. E eu disse: 'Se der, no primeiro dia. Estou preparado para tomar as decisões necessárias, por mais que elas sejam impopulares'".

Lógico que no PIG você não lerá isso. Até porque notícias que implicam em saias justas ao candidato foram varridas para debaixo do tapete da campanha, ao estilo do que faziam com a corrupção. E é importante frisar que a declaração de Aécio foi dada para aqueles para os quais ele pretende governar: os ricos, que como não são "populares", estão apoiando as tais medidas impopulares.

E, se depender do Arminio Fraga, cidadão estadunidense, verdadeira raposa do mercado a querer cuidar do galinheiro, a primeira medida impopular é a desvalorização dos salários dos trabalhadores brasileiros. Veja na transcrição abaixo o que o Arminio Fraga, Ministro da Fazenda do Aécio, se ele for eleito, pensa do salário mínimo:

"É outro tema que precisa ser discutido. O salário mínimo cresceu muito ao longo dos anos. É uma questão de fazer conta. Mesmo as grandes lideranças sindicais reconhecem que, não apenas o salário mínimo, mas o salário em geral, precisa guardar alguma proporção com a produtividade, sob pena de, em algum momento, engessar o mercado de trabalho." 



O Aécio Neves e Arminio Fraga vão baixar os salários a fim de que o mercado de trabalho não seja engessado. Ora, quanto mais os salários sobem mais a economia fica produtiva, pois quanto mais o trabalhador ganha, mais ele fica incentivado, aumentando assim a sua produtividade.

Se os salários sempre guardarem proporção com a produtividade, a distribuição funcional da renda continuará sempre da forma que está, 60% da renda indo para os capitalistas a título de lucros e 40% para os trabalhadores a título de salário. Se depender do Aécio Neves, o Brasil vai continuar sendo o campeão mundial das desigualdades sociais.

Se salários baixos fossem sinônimos de economia forte, a economia do Japão, por exemplo, seria inferior à do Brasil, pois lá os salários são muito mais elevados do que aqui.

Contudo, talvez, as medidas impopulares sejam o apoio do Malafaia e do Bolsonaro. Mas aí, já é outra história...








Com inspiração do texto do CMI Brasil

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